Ciência e histórias de super-heróis estão relacionadas desde a criação das primeiras revistas em quadrinhos. As pitadas científicas misturadas ao exagero da ficção são fórmula certeira para atrair os leitores. Visão de raio-X, superforça, supervelocidade, mutações genéticas, respirar embaixo d’água, poderes de aranha... Tudo tem algo científico por trás.
Vamos criar uma relação entre a ciência e a ficção nas histórias em quadrinhos de super-heróis começou pelo herói mais popular do planeta, o Homem-Aranha.
Em uma excursão escolar a um laboratório de experiências em animais, o jovem e tímido Peter Parker é picado por uma aranha radioativa, o que causa mutações que lhe dão poderes de aracnídeos.
De acordo o biólogo Paulo André Margonari Goldoni, especialista em artrópodes do Instituto Butantan, as aranhas conseguem subir pelas paredes graças a pelos especiais – cada perna tem um tufo de pelos na ponta, e cada um desses pelos tem em sua extremidade uma espécie de pequeno "pé" microscópico que pode se agarrar a minúsculas saliências até mesmo de superfícies que aparentemente são muito lisas. "Já a produção de teia se dá dentro de glândulas de seda, encontradas no abdômen das aranhas. A teia é eliminada em forma líquida e, ao entrar em contato com o ar, se solidifica", diz Goldoni. Aparentemente, Peter Parker não tem esses pelos – e muito menos possui glândulas de seda. Mas vale a "licença poética".
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