Saudações camaradas e donzelas. Estou escrevendo este primeiro post aqui no Drop e pretendo, por enquanto, tratar apenas deste assunto, a Nova DC, pois tenho outro blog, o Sociedade dos Rpgistas Mortos, e fica meio difícil conciliar os dois com mais meus estudos e meu trabalho. Bão, chega de papo e vamos lá.
Nesses novos tempos, as editores tem se desdobrado para acompanhar a evolução das mídias digitais e da internet. Lembro que alguém chegou em mim um certo dia e disse: "os gibis vão acabar, você vai ver, não tem jeito!". Confesso que fiquei meio cabreiro com esta afirmação e desejei que isto não acontecesse. Mas sabe de uma coisa, o cara tava certo.
Em partes, claro, porque os quadrinhos mudaram a sua forma, assim como os jornais, as revistas e até os livros agora. O mundo digital abriu portas que antes pareciam impossíveis. Concluindo essa parte, afirmo que os gibis vão acabar sim, mas somente no papel. Quem tiver um tablet, um smartphone ou o próprio PC vai poder comprar sem sair de casa aquele lançamento que demorava dias pra chegar. E outra, vamos poder ler aquela história lá de 1900 e bolinha apenas com um clique.
Já é possível ler online com uma ótima qualidade em muitos sites. Histórias antigas e novas, elas estão aí.
E então vem a pergunta: onde a DC entra nisso tudo???
Bom, o mercado capitalista é uma criatura interessante. Ele se transforma constantemente, e se você não pegar o bonde, vai ficar pra traz e ir de carroça. Eu mesmo demorei pra entender isso e achava que essas evoluções não iriam vingar, mas hoje em dia caí na realidade e no mundo digital de cabeça. Tudo bem, eu adoro ir pra sebos caçar aqueles tesouros mofentos e velhos, mas a vida anda corrida e como passo a maior parte do dia aqui onde estou, na frente do PC, então vou fazer o melhor que posso aqui mesmo.
A DC Comics inaugura uma nova era nos quadrinhos americanos. E qual a melhor forma de se adaptar e se organizar pra seguir uma linha tão grande de super-heróis: ZERAR TUDO. Compreendo que aqueles números históricos, como a Detective Comics em seu nº881 e a Action Comics no 904, fizeram uma história de 70 anos, mas não sobreviveria na nova era. Essa estratégia praticamente vai facilitar a nossa vida de leitor e fanático. Com relação aos personagens e seus uniformes novos eu só digo uma coisa: "quem é que vai pra guerra de biquini ou de cueca em cima da calça???". Tirando o Doug Funny, acho que ninguém.
Quero deixar bem claro. Aos críticos desse tipo de coisa, tipo cor da roupa, se usa calça ou bermuda e outras mais, que vá fazer moda e não ler quadrinhos. Nem leu a história pra saber seu enredo ou conteúdo e fica preocupado com roupas...afff.
A DC irá lançar 52 novos títulos começando todos pelo número 1 a partir de 1º de setembro de 2011 em bancas e no formato digital simultaneamente. Guardem essa data, vai ser histórico e eu prometo que colocarei diariamente todos os lançamentos aqui pra ninguém ficar perdido. Afinal de contar, se o mês tem 30 dias em média, então serão quase 2 postagens diárias. Apertem os cintos que iniciaremos nossa nova jornada no maior universo de quadrinhos do mundo!!!
OBS: antes de atirarem pedras, também sou fã da Marvel.
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Renato Castellani: fã de quadrinhos, RPG e outras nerdices.
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Parabéns Renatinho pela escolha do tema ! Conversei com muitos fãs da DC na ultima semana , e todo mundo parecia meio perdido . Agora todos os DCnautas perdidos tem uma bússula aqui no DROPCOMICS!
ResponderExcluirMuito mais virá, vai dar trabalho, mas vai sair assim mesmo.
ResponderExcluirNem que tiver que invocar os poderes de Greyskull!!!
Fala Renato! Rapaz, isso me veio como um soco. Concordo com algumas coisas... vamos discutir (saudavelmente claro, hauhua). Também fui um daqueles que tremeu ao saber que os quadrinhos de papel iriam algum dia acabar. Porém confesso que mesmo com tantas mudanças de mercado acho pouco provável o papel sumir e mesmo que ocorra, penso que só a próxima geração é que vai presenciar algo do tipo. O que eu realmente enxergo hoje, é uma molecada que nasceu com computadores em casa e encontraram várias outras maneiras de se divertir com a internet. Anteriormente os quadrinhos eram um forma de diversão despretensiosa, tanto que os ditos trajes de nossos supers realmente eram coloridos, alegres, quase ingênuos, pois combinavam com seus mundos fastásticos. Era isso o que os quadrinhos vendiam... fantasias. Com o passar das décadas e coisa quadrinhos foi ganhando corpo, espaço e respeito como arte. Surgiram universos e cronologias, assuntos inpensáveis no início. A ideia que se tinha de quadrinhos é que eles realmente existiam. No entanto hoje, como disse antes, a molecada possui outras formas, mais reais de se divertir... elas procuram a realidade nas diversões delas. Como se empolgar com um cara de colante azul, cueca vermelha e capa? Acho que todos os editores de quadrinhos pensam assim, porque sabem a dificuldade de concorrer contra um The Sims no Facebook da vida. Os leitores mais fiéis ainda são aqueles das décadas de 60, 70, 80 e até 90. Ficou difícil renovar o público e por isto temos este fato que vai ocorre agora em setembro! Eu não tenho a menor ideia do que vai ocorrer, mas pretendo acompanhar para saber se a DC acertou ou não. Posso parecer um tanto trágico neste enorme comentário (me desculpe), porém eu acredito na mídia quadrinhos e que não importa a mudança, técnológica ou não.. vamos sobreviver. Assim como as outras mídias e ferramentas, vamos nos adaptar e seguir em frente. DC... tô contigo!
ResponderExcluirAbraços quadrinísticos
Desculpa? Cara, seu comentário foi perfeito. Complementou meu argumento de forma precisa e coesa. Realmente, a nova geração está afundada nos computadores e redes sociais (não é culpa deles), e é difícil ver alguém sentar no banco da praça pra ler um jornal ou gibi. No mínimo tá mexendo no celular. Essa estratégia da DC é a forma de se angariar novos adeptos e sobreviver como empresa. Confesso que também tenho receio disso e ainda vou continuar comprando meus gibis de papel, como faço a mais de 20 anos. Lembro do meu primeiro gibi: Batman Ano Um, de Miller e Mazzuchelli, o primeiro lançado pela Abril lá por volta de 89...
ResponderExcluirBons tempos aqueles...
Fala Renato! Ufa... ainda bem que o comentário foi bem recebido. Concordo que a DC está procurando inovação para seus personagens, mas não vamos esquecer o mangá, que invadiu e conquistou muita gente também. Esse deve ter sido um golpe bem mais forte... porque salvo algumas exceções, as histórias da DC foram um tanto conturbadas... crises e crises... enfim, espantaram leitores. Eu até leio comics na net, porém tiras... algo rápido! Material longo fica chato de ler, aí sim prefiro os impressos. Até porque material virtual dá uma sensação de qualquer um pode ter, mas determinadas edições impressas... são raras. Perdeu perdeu, sem Ctrl C & Ctrl V, ehehehee. Agora aguardemos a DC e vamos ver como ela se sai. Vou escolher algum título para acompanhar e tecer minhas impressões... e sim... bons tempos aqueles... (saudosismo que me mata)...
ResponderExcluirAbraços quadrinísticos
Também tenho alguns scans no meu noteboock , mais nunca vou abandonar o material impresso , minha queria coleção de formatinhos do Batman ! Também vou escolher algumas publicações da nova DC para acompanhar , estou pensando em Batman e Lanterna Verde .
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