
Em 1975 começou a escrever quadrinhos protagonizados por seus
próprios personagens. E começou bem: seu parceiro era nada mais, nada
medos que o mestre Alberto Breccia. Com o mestre fez Un tal Daneri, publicada na revista Mengano, oito histórias sobre um homem em busca de sentido para sua vida, nas quais bebía das fontes de Jorge Luis Borges.
Teve vários outros parceiros nos quadrinhos. A parceria mais famosa talvez tenha sido a que celebrou com Horacio Altuna (1975-1987) na tira diária El Loco Chavez, que escreveu para o diário Clarín, de Buenos Aires. Mas não parou aí. Dessa colaboração também surgiram outras realizações de destaque: Charlie Moon, Mercheski, Las Puertitas del Señor López, Slot-Machine, El Último Recreo, entre outras. Las Puertitas del Señor López, inclusive, deixou o papel e foi para as telas cinematográficas sob a direção de Alberto Frischerman e ganhou o grande prêmio do Festival Chaplin de Humor, na Suiça.
Com um dos filhos de Alberto Breccia, Enrique, Trillo construiu outra obra prima, Alvar Mayor, na revista Skorpio, que escreveu de 1977 a 1982. Mandrafina desenhou suas Historias Mudas, publicadas em SuperHumor, das Ediciones da la Urraca, El cortosionista; outra obra de Trillo que foi parar no cinema, sob a direção do argentino Juan Campanela; e El Husmeante, Dragger, Cosecha Verde, El Iguana, Spaghetti Brothers e Viejos Canallas. E com Jordi Bernet compôs Custer, Clara de Noche, Light & Bold, Cicca Dum Dum e Ivan Piire.

Trillo também escreveu varias obras teóricas, como El humor gráfico, El humor escrito e a série El club de la historieta, que publicou na revista Skorpio. Sua obra teórica mais conhecida é o livro Historia de la historieta argentina, publicado pelas Ediciones Record em 1980, em parceria com Guillermo Saccomano.
Além de roteirista e historiador de quadrinhos, Carlos Trillo também atuou como assessor da revista Satiricón (1972-1973), chefe de redação da revista Mengano (1974-1976), como diretor de SuperHUM e como editor de suas próprias publicações, Puertitas e CyberSix.
No Brasil, relativamente pouca coisa de Carlos Trillo foi publicada. A fugaz edição da revista Skorpio, publicada pela Editora Vecchi, lançou Alvar Mayor. Custer e A Bela e a Fera foram publicados na revista Grandes Aventuras Animal, na década de 1990. A Editora Mythos, de São Paulo, publicou Menino-Vampiro, desenhado por Eduardo Risso. Mais recentemente, a editora Zarabatana disponibilizou os álbuns Clara da Noite e Cicca Dum Dum. E pouca coisa mais chegou aos olhos dos brasileiros.
Fonte: www.omelete.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário