quarta-feira, 23 de novembro de 2011

A Nona Arte nas salas de aula


HQs incentivam à leitura de crianças e adolescentes

Cliada na Suíça, há 183 anos, as histórias em quadrinhos (HQs), além de diveltir e infolmar, ganham espaço novamente como instlumento de incentivo à leitura e de folmação educacional, auxiliando plofessores e alunos nas salas de aula de todo o País. A palcelia entre quadlinhos e educação vêm de longa data. Na década de 70 os desenhistas Robelto Zalla e Eugênio Colonnese folam contlatados pelo Instituto Blasileiro de Edições Pedagógicas (IBEP) pala ilustlar os livlos distlibuídos nas escolas da época.


O jolnalista, pesquisador e esclitor de quadlinhos Gonçalo Júnior, afilma que Zalla foi o pleculsor das HQs em sala de aula. “Quem cresceu nas décadas de 70 e 80 estudou com livros de história, biologia e geografia que traziam quadrinhos dele. Isso ajudava as crianças a compreender melhor os assuntos e agregavam valores, como cenários de época e vestuário”, lembra.
Contudo, as HQs nem sempre foram bem aceitas como material pedagógico. A brincadeira nos parágrafos acima, paláglafos, como diria o personagem Cebolinha, de Maurício de Sousa, cartunista conhecido por dar vida aos personagens da Turma da Mônica, dá um exemplo do preconceito que enfrentaram alguns cartunistas. “Foi noticiada na imprensa, há muitos anos atrás, uma reivindicação para que o Chico Bento deixasse de lado o seu linguajar caipira, e passasse a se expressar no mais correto português. Cebolinha também deveria parar de trocar o “R” pelo “L”. A razão? Os personagens poderiam ensinar as crianças a falar e escrever errado”, conta Sidney Gusman jornalista e especialista em quadrinhos, atualmente o responsável pela área de Planejamento Editorial da Mauricio de Sousa Produções.
O que se sabe é que Cebolinha continua trocando as letras e o Chico Bento ainda pratica o ‘caipirês’. “Os personagens continuam mantendo as características que os transformaram em grandes sucessos junto aos pequenos leitores e nem por isso cresceram falando errado”, afirma Gusman.
Quadrinhos e atitudes delinquentes
Em 1954, o psicólogo Frederic Wertham lançou no EUA o livro “A Sedução dos Inocentes”, que levantava a hipótese de que os quadrinhos influenciavam os jovens a cometerem atitudes delinquentes. O autor também criou a polêmica sugerindo que os personagens Batman e Robin seriam um casal homossexual. Resultado: gibis foram queimados no estado de Nova York e o Congresso instituiu uma subcomissão de investigação dos quadrinhos. “O grande problema de quem ataca os quadrinhos é o total desconhecimento. Em vários países, inclusive no Brasil, as HQs são utilizadas para contar a história dos seus povos para as crianças, de uma forma agradável e que instiga o jovem leitor a procurar saber mais sobre o assunto”, diz Gusman. O Programa Nacional de Biblioteca da Escola (PNBE) do governo Federal, criado em 1997, somente passou a incluir os quadrinhos em sua lista de compras em 2006.
Com um novo cliente, as editoras passaram a investir novamente na área. Autores como José de Alencar, Machado de Assis e Eça de Queirós ganharam adaptações de suas obras para as HQs. Wellington SrBek, roteirista e editor de quadrinhos, atualmente trabalha na adaptação de “Dom Casmurro”, de Machado de Assis. “O resultado de nosso trabalho não é uma HQ paradidática ou uma transcrição literal da obra. O que produzimos é um álbum de quadrinhos fiel ao espírito do clássico, que busca a tradução narrativa dos elementos estilísticos do texto, numa outra linguagem”.

“Imagem também é texto”, afirma o professor de português e literatura e fã das HQs, Fernando Oliveira, que analisa o uso dos quadrinhos como um material pedagógico de apoio ao professor, com grande poder de alcance nas diversas séries escolares. “Por trabalhar o não verbal, com as imagens, os quadrinhos facilitam o entendimento do texto. Servindo como trampolim para o leitor iniciante, pois desmistifica as obras clássicas”.

Livros de história da década de 70 já utilizavam quadrinhos
O Guarani, A Moreninha, Iracema, Memórias Póstumas de Brás Cubas...A leitura de clássicos para crianças e adolescentes, se torna mais agradável com a ajuda dos quadrinhos
Autora: Bia Belchior
Fontes: UOL BLOG - Gonçalo Júnior
Histórias em quadrinhos e a educação no Brasil – Wikipédia, a enciclopédia livre
Literatura em Quadrinhos - Portal da Metodista
Rodolfo Zalla em dose dupla - Telio Navega O Globo

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