sábado, 17 de setembro de 2011

Lodoss War - Crônicas da Guerra de Lodoss: A Dama de Pharis - Parte 2


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Boa tarde, cavaleiros andantes, feiticeiros poderosos e monstros assustadores, aqui o seu bardo predileto de volta para dedilhar mais algumas trovas de menestrel. Estou novamente acometido de inspirações orientais e meu lado nipônico me estimula a seguir em frente com as resenhas dessa incrível saga em mangá que acaba de ser finalizada aqui no Brasil. Esse é especialmente para os mangá maníacos que frequentam essa casa, é por vocês que nos dedicamos tanto, esperem por novidades. Depois de um longo e tenebroso inverno o vol.#2 acaba de chegar às bancas neste mês. Arigatô.
A dama de Pharis é uma série em duas partes publicada pela Panini e se enquadra no conjunto das obras ambientadas na ilha de Lodoss onde a fantasia medieval que aflora dos costumes do Japão, baseada em costumes ocidentais ganhou força – e tem – enorme sucesso no mundo todo. As outras obras em quadrinhos publicadas no Brasil são A lenda do cavaleiro (6 volumes), A bruxa cinzenta (3 volumes) e A história de Deedlit (2 volumes). Ao contrário das outras, no entanto, A dama de Pharis é em formato americano e possui um acabamento especial, maior número de páginas e uma arte realmente impressionante. E, antes que perguntem, não é preciso ter lido as séries anteriores para se divertir com essa fascinante história.




O quadrinho conta, em suas quase trezentas páginas (é isso mesmo, trezentas páginas! E é só a primeira parte), a luta de alguns jovens contra a invasão demoníaca da ilha de Lodoss, desde o primeiro aparecimento desses até o momento em que estoura a guerra aberta contra as criaturas do abismo, sendo que todo o meio do caminho – a descoberta da invasão, a guerra de guerrilha, com demônios destruindo pequenas vilas em vez de fazerem ataques diretos, o domínio estratégico do reino dos anões do sul, o envolvimento dos reinos vizinhos, etc. – é explorado com maestria. Vemos, realmente, a guerra passar de apenas uma ameaça no horizonte até desabar com toda a sua fúria sobre a terra de Lodoss. Com habilidade, o roteiro nos conduz a um fim que só podia ser esse, não outro. Ao final dessa primeira parte, acreditamos que realmente a guerra era inevitável, não havia como impedi-la. Basta apenas tentar deter a invasão. E, nesse sentido, a história nos prende de modo que não queremos mais largar o livro.


A trama, por sua vez, é muito bem amarrada e estruturada, as coisas parecem acontecer com naturalidade. Os eventos se desenrolam diante de nossos olhos de modo que sequer percebamos as ligações entre eles. Como dissemos, temos a impressão de que “só poderia ser assim”. O que deixa a desejar, pelo menos a princípio, é a maneira “pouco natural” com que alguns personagens são salvos ou levados para o meio dos acontecimentos por uma entidade misteriosa. A impressão que temos, a princípio, é a de que a coisa não passa de uma situação forçada, para fazer a história andar. Acreditamos, no entanto, que a parte II, assim que sair, venha revelar esses mistérios e acabar com essa idéia negativa.




Quanto aos personagens, todos são realmente interessantes, apesar de nenhum deles ser extremamente bem estruturado. Flaus, a monja guerreira de Pharis; Beld, um mercenário brutamontes; seu aliado Wort, um mago misterioso – mas não tanto quanto um Raistlin, de Drangonlance -; Fahn, paladino de Valis; e outros. Todos têm seu interesse e são divertidos. É digno de nota, por exemplo, quanto à construção dos personagens, a surpresa que eles nos causam. A princípio pensamos que Beld é um grosseirão, mas ele se revela mais sensível do que poderia parecer; Fahn, logo que aparece, assemelha-se a um playboyzinho, mas logo se revela um guerreiro valoroso, tornando-se grande amigo de Beld.


Quanto à arte, por sua vez, basta dizer que ela é fenomenal. Para quem gosta de nanquim, tenho certeza de que vai admirar o traço de Akihiro Yamada. Ele sabe muito bem como usar o preto para dar profundidade aos desenhos, como se concentrar nos detalhes das paisagens e do cenário em geral – repare nos desenhos de castelos, ambientes externos e na madeira das casas nas vilas, ou na profusão de pessoas nas cidades – e como dar idéia de volume. Tudo é feito com uma precisão que nos dá a impressão de serem reais. Além disso, o desenhista é ainda habilidoso com o movimento. Seus traços nos dão impressão de que os personagens estão realmente se mexendo. Parece até que eles vão saltar da página a qualquer momento.

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Heylian, the bard: O líder e estrategista dos Vingadores do Vale Elsir. Heylian é um bardo experiente e lutou em guerras como contra a Mão Vermelha. Um exímio aventureiro meio-elfo capaz de liquidar os inimigos à distância e ao mesmo tempo ajudar seus aliados. É experiente no combate com lâminas, sendo muito ágil no manejo de espadas. Conhecido por seus talentos em conjurar magias, realizar rituais e operar toda a espécie de itens mágicos. Atualmente está escrevendo no blog SOCIEDADE DOS RPGISTAS MORTOS. Confira!

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