terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

A Era de Bronze


Enquanto na DC, Schwartz unira-se ao roteirista Denny O’Neil e ao desenhista Neal Adams para devolver o teor sério das estórias do Batman, na Marvel, Lee e o desenhista Jack Kirby conseguiram que o Capitão América, o Homem de Ferro e o Surfista Prateado ganhassem suas revistas próprias pela alta popularidade que alcançavam.


Temas controversos como o uso de drogas, passaram a surgir, como nas aventuras do Homem-Aranha, em que Harry Osborn se mostra viciado, ao mesmo tempo em que isso ocorria na viagem pelo país de Hal Jordan e Oliver Queen, em que descobrem o mesmo problema com Ricardito.

Mas e o marco inicial da Era de Bronze, qual seria? Isso também é motivo de discussão. Com o afrouxamento da CCA, como vimos nos temas complicados citados acima, a liberdade para criar ressurgiu, o que é marca registrada desta era. Sendo assim, para a maioria o início oficial da Era de Bronze seria em The Amazing Spider-Man #121, que traz a morte de Gwen Stacy pelas mãos do Duende Verde, haja vista a enorme reviravolta na vida do herói, que traz marcas até hoje. Até aquele momento, apenas personagens irrelevantes morriam, e não alguém famosa como Gwen, muito querida dos leitores. Os quadrinhos começavam a se aproximar mais da realidade nua e crua…

A dureza da vida e o poder adolescente também cresciam, e isto se refletia nas aventuras dos novos X-Men de Chris Claremont e John Byrne e dos Novos Titãs de Marv Wolfman e George Pérez. Luke Cage ganhava destaque ao representar o movimento negro, enquanto Mestre do Kung Fu e Punho de Ferro aproveitavam a nova onda das séries televisivas de artes marciais; até a Mulher-Maravilha entrara nessa moda e abandonara o uniforme estrelado por um quimono.

E assim as coisas caminharam até os anos 80, em que edições especiais começavam a surgir cada vez mais nas recém-inauguradas comic-shops: Ronin, Camelot 3000 e Monstro do Pântano fizeram sucesso imediato e venderam horrores, o que chamara bastante atenção dos empresários das editoras. Assim, iniciar-se-ia o período das grandes sagas, como Guerras Secretas da Marvel e Crise nas Infinitas Terras da DC. Esta última aliás, tinha uma grande missão: reestruturar o universo ficcional da editora e adequá-lo mais aos novos tempos, assim como ocorria na Marvel.

E após Crise, os quadrinhos nunca mais foram os mesmos: outras obras também surgiram, como O Cavaleiro das Trevas de Frank Miller, e Watchmen de Alan Moore, ambas desconstruindo o mito do super-herói. Estas três são para muitos a representação do fim da Era de Bronze, pois após elas parecia que gibi de herói interessante era aquele que mostrava que a realidade era triste e cruel.

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